
Ai, fico aqui pasmado a olhar o ecrã, não me sai nada, não sei que escrever...Alguns versos?
Doi-me quando estou acompanhado
doi-me ainda esta fria e escura solidão
no entanto continuo ainda acordado
pois a dor real que sinto é no coração
...ou poderia escrever prosa?
Era uma noite fria e escura, a lua estava completamente coberta por negras nuvens, o que deixava somente um pálido brilho notar-se no céu. Num caminho de terra batida um vulto movia-se lentamente, subitamente um gota tímida cai do céu, trazendo atrás de si milhares de outras como ela, o ar tornou-se mais fresco, mas a figura escura não abrandou o seu passo, continua como se fosse totalmente alheio à chuva que cai em grande quantidade...
...Talvez uma peça de teatro?
(cenário um interior com uma janela no fundo, cortinados azuis, uma mesa pequena no centro do palco, uma cadeira perto da mesa e uma porta ao lado da janela)
-Afonso: (aproxima-se da cadeira pelo lado direito com um sorriso enorme na sua face) Ai que bom que é poder descansar um pouco em paz e silêncio depois de um dia atarefado (senta-se na cadeira e estica as pernas, colocando as mãos atrás da cabeça)
-Afonso: Sim senhor nada como paz e sossego.
(ouve-se o som de uma campainha)
-Afonso: (sobressaltado e com ar de desânimo) Bolas, esqueci-me que o João me vinha visitar hoje (levanta-se e dirige-se à porta, abrindo-a de imediato)
-João: (Muito alegre e barulhento) Afonso, Afonso adivinha o que me aconteceu!
-Afonso: (não muito entusiasmado e visivelmente irritado) Por favor João, não é necessário gritar...
Enfim decido que não consigo escrever nada, e deixo isto para amanhã...